TAIZÉ 2011

Sempre que olho para trás, os canticos soam, o silencio puxa pela lágrima, a saudade aperta e a paz e a tranquilidade mostram-se a mim e ajudam-me a recuperar.

Passou um dia, apenas um dia. Bastou para ter vontade de regressar. Não consigo descrever, não consigo explicar o que significa realmente aquela semana a comer mal e apanhar frio. Aquela semana em que acordo ás sete para ir a horas para a oração da manha. Aquela semana em que tenho tres orações por dias. Em que choro até não poder mais. Deito tudo cá para fora, não escondo nada. Sinto que ali, não preciso de ter receio, não precido de pensar antes de partilhar. Não preciso de olhar a minha volta para ter a certeza que é seguro. Lá a segurança, a tranquilidade, a confiança, a crença, a maneira como todos vivem os momentos e a simplicidade falam por si.

Não precisamos de luxos, não precisamos de tecnologias, não precisamos de agua quente ou comida temperada. Simplesmente, não precisamos, vivemos bem sem isso. E o mais engraçado é que não dá para falar apenas por mim. Sinto que todos sentimos o mesmo e partilhamos a experiencia ao maior numero de pessoas. Sinto que me tornei numa pessoa melhor, que me adaptei aquele estilo de vida e ao facto de comer apenas com uma colher. Antes de ir, não me passaria pela cabeça, sobreviver uma semana sem os meus pequenos luxos.

Taizé é um mundo. Taizé é o que eu quero viver. Taizé estará sempre dentro de mim. Obrigada IRMÃO ROGER!